segunda-feira, 5 de julho de 2010

A hierarquia das crianças


 Da direita para esquerda: Sarah, Caio, Izabelle e Giovanna
Há muito tempo não via a casa cheia de crianças. Na minha infância ,a casa de minha avó , onde fui criada, era bem movimentada. No fim de semana revivi um pouco daquela época. Estavam em casa o Caio, meu sobrinho, a Sarah, minha afilhada e filha da Rê de Salvi, a Giovanna e a Izabelle, primas do Flávio. As idades eram variadas: de 10 meses a 5 anos.
Fiquei observando como a brincadeira fluía e reparei certa hierarquia: a mais velha, Izabelle, comandava a brincadeira, enquanto os outros a seguiam. Entre algumas birras e o fim do jogo fiquei imaginando ali, naquela pequena reunião infantil, uma reprodução do que os pequenos vão encontrar quando estiverem crescidinhos. É o que ocorre com todo mundo. Essa é a fase em que “ensaiamos” para praticar na idade adulta.


Para a psicóloga Marina Vasconcellos, em conversa com o Olhos Para o Mundo, é nas brincadeiras que as crianças aprendem o espírito de equipe, a competição, experimentam a própria força e inteligência, convivem com crianças de diferentes idades, aprendem a se defender e necessitam obedecer certas regras para que o jogo flua. Cabe aos pais ensinar sobre o respeito para com os outros, a tolerância com as diferenças, o saber dividir, a não exclusividade dos amigos.
E como nem sempre as brincadeiras terminam de forma feliz para todos, é preciso ensinar a perder. “As crianças precisam aprender a encarar uma derrota como parte natural da brincadeira. Em esportes de grupo a orientação é levar os outros em consideração, para que não dominem sempre deixando os companheiros de lado”, explica Marina.  

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     Para mim restou a saudade de quando ainda estava "ensaiando"! Na arena, é vida real...

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