terça-feira, 15 de junho de 2010

Espírito de união

Imagem: http://www.itaimpaulista.com.br/portal/uploads/Copa2006007.jpg

Confesso que não sigo os resultados da Copa do Mundo, nem tenho toda aquela empolgação brasileira para acompanhar cada grande jogada da seleção. Mas, isso acontece agora. Acho que fiquei meio chata. Lembro das outras competições em que pintar a rua lá de casa era um evento. Nossa turma esperava os dias que antecediam a Copa do Mundo, arrecadava dinheiro de toda a vizinhança, pintava a rua, colocava bandeirinhas, brincava, interagia. Era maravilhoso. Só de lembrar me arrepio.

A Rê Rossi também tem em suas memórias dias como esses. Ela também não é tão fã de futebol, mas se anima com o patriotismo despertado nessa época (pena que o espírito brasileiro de lutar pelos direitos não vá adiante também nas eleições e em todos os dias do ano!). Quando falei desse post, ela se lembrou de passagens da infância. Mais precisamente da Copa de 86, a primeira que acompanhou. “As crianças da rua se reuniram para pintar os mascotes, as bandeiras. Eu me diverti e essas imagens ficaram na minha cabeça por muito tempo.”

Nesse fim de semana, ela esteve na casa de seu avô João, onde morou até os nove anos. É no bairro da Vila Matilde, um dos mais antigos da zona leste. Ao passar a tradicional Praça da Toco, as ruas estavam coloridas de verde e amarelo. Os comerciantes da região enfeitam toda a avenida principal e o ritmo de copa já começa a pulsar semanas antes da abertura. Nas ruas, muita gente pintando bandeiras do Brasil no chão, o mascote da copa e mensagens de apoio à seleção. A mesma cena na qual estava muitos anos atrás.

Infelizmente, para mim, não teve a repetição da confraternização. Na minha rua, já não existe mais essa confraternização. As crianças mal ficam na rua. Outros tempos. Mas o fim de semana na casa da minha sogra foi animado. O Gil levou a Sá para ver a preparação para a Copa do Mundo. Pais e filhos, juntos, pintavam a ruas e colocavam bandeirinhas na maior alegria.

Outra coisa que tem chamado a atenção é o entusiasmo para fechar a coleção de figurinha no álbum da Copa. Nunca imaginei que esse costume tão antigo pudesse pegar desse jeito. As rodas em volta da banca de jornal reúnem pessoas de todas as idades. Vê-las conversar atentas e trocar – uma coisa tão esquecida – é maravilhoso. Isso me faz pensar que o mundo ainda tem sentimentos de integração, de união. Esse momento da Copa me faz ter esperança que essas sensações ainda prevaleçam o resto dos outros dias. Boa sorte Brasil! Boa sorte para nós, brasileiros!

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