segunda-feira, 3 de maio de 2010

Evolução em família

Este fim de semana foi particularmente corrido. Fizemos o batizado da Sarah na igreja católica no domingo. Antes de contar as minhas reflexões, vou falar sobre algo que decidimos antes mesmo de ela nascer. Eu não sou católica, embora conheça um pouco a religião, o Gilson, muito menos. Entretanto, acreditamos em Deus e sabemos o quão importante é qualquer ser humano conhecer as coisas a sua volta. Por isso, concordamos em levar a Sarah a ver como funciona cada religião, para que mais tarde ela mesma defina se vai seguir alguma, acreditar em Deus... será democrático.

Os padrinhos foram a Rê Rossi e o Flávio, namorado dela. No sábado, ficamos no curso de batismo durante a tarde. Ao contrário do que imaginei, ninguém quis nos doutrinar. Seu Luiz e a Emília explicaram um pouco sobre o significado de seguir os ensinamentos de Jesus Cristo, de ser batizado. Algumas vezes me disseram que eu sou mais cristã do que quem vai à igreja. E isso também foi abordado nas duas horas e meia em que ficamos lá. Emília disse que o importante é o que fazemos no nosso dia-a-dia e quais lições ensinamos aos nossos filhos.

É disso que se trata. Para vivermos em sociedade mais justa, o que falta é o amor, respeito pelo próximo, a solidariedade, enxergar o outro, sentir-se pertencendo à comunidade. Mais que isso: dar exemplos de fé, acreditar no futuro e mostrar que é possível ir mais longe quando o caminho é trilhado por todos juntos. Isso tudo é sinônimo de família. Não somente a família de sangue, mas as pessoas que fomos incorporando a ela ao longo da vida.

A Rê e o Flávio foram pessoas escolhidas por nós, pela nossa vida, para seguir junto com a nossa família. Irmãos, pais, primos, tios, avós. São todos eles que ajudam a constituir o caráter, trazer opções e mostrar o afeto para os nossos filhos. Para que eles vivam em harmonia e felizes. E é muito bom conhecer pessoas que acreditam nisso e disseminam a ideia, torcendo para que se torne atitude.

No domingo, o ritual foi super rápido. Passamos por todos os símbolos. Da água ao óleo, para abençoar nossa filha. E depois fomos para casa onde uma mesa cheia de tortas e doces nos esperava. Nós mesmos passamos o dia cozinhando para ter um cardápio diferente. Nisso a internet facilita tanto... Pegamos as receitas na web e fizemos os convidados de cobaia. Foi tudo ok, recebemos até elogios. Depois do balanço do fim de semana, fica a esperança de que crianças, pais e quem estiver à nossa volta propague a cultura da bondade, esperança e afeto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário